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Princípios Metodológicos

Princípios Metodológicos


O Sistema Educacional Adventista elegeu princípios metodológicos compatíveis com as tendências atuais de educação e que legitimam a visão integralizadora da educação cristã praticada nesta Instituição.

Ao eleger tais princípios, não estabelece uma relação categoricamente fechada ou hierarquicamente organizada.

Essa relação pode ser ampliada por novas ideias que atendam às necessidades da natureza e especificamente dos cursos oferecidos, da faixa etária dos discentes e do respeito às diferenças individuais, sem perder de vista os referenciais teóricos.

Entende-se que os princípios metodológicos promovem a integração dos objetivos propostos e o processo de ensino-aprendizagem propriamente, a fim de que o compromisso com a ação educativa se concretize.

1 – Ação – Reflexão – Ação

Levando em conta a dimensão prática que deve existir nos cursos de graduação e a necessidade da construção da autonomia intecelctual dos estudantes, esse princípio enfatiza que todo fazer implica uma reflexão e toda reflexão implica um fazer (ainda que este não se materialize). O aluno deve saber fazer e compreender o que faz. Através de procedimentos de observação, reflexão e registro destas obeservações com oportunidade de discutir sobre a prática à luz da teoria e vice-versa.

2 – Aprendizagem Significativa

Ao privilegiar atividades que levem em conta as experiências prévias dos alunos e estabelecer relações entre o conhecimento e situações da realidade prática, os professores ancorarão o novo conteúdo a estruturas de aprendizagem significativa. Através da contextualização dos conteúdos, relacionados a experiências do cotidiano, esse princípio também promoverá o relacionamento entre teoria e prática.

O trabalho pedagógico deverá caracterizar-se pelo envolvimento dos estudantes em pesquisas e atividades de investigação, buscando nas vivências dos indivíduos, no seu contexto socioeconômico e cultural, um caminho para educar, considerando-o como um ser que age e interage com o meio.

3 – Resolução de Situações – Problema

O processo de ensino-aprendizagem baseado em situações-problema está organizado em torno da superação de um obstáculo que oferece resistência e leva o aluno a investir conhecimento anterior, bem como suas representações, de maneira que tudo isso conduza à elaboração de novas ideias.

Nas estratégias centradas nas situações-problema, o aluno é instado a participar de um esforço coletivo para elaborar um projeto e construir novas competências. Tem direito a ensaios e erros e é convidado a expor suas dúvidas, a explicar seus raciocínios, a tomar consciência de suas maneiras de aprender, de memorizar e de comunicar. Com esse princípio em ação, espera-se que o aluno torne-se um prático-reflexivo.

4 – Relação Teoria – Prática

Devem-se privilegiar estratégias de integração teoria-pratica utilizando procedimentos de reflexão crítica, síntese, análise e aplicação de conceitos voltados para a construção do conhecimento, através do estímulo constante do raciocínio, seja para questões individuais ou coletivas. Tendo em vista as competências que articularão a formação profissional garantida pela graduação, há necessidade de relacionar constantemente a teoria à prática, sem que haja prevalência entre ambas, mas favorecendo a articulação natural entre as duas dimensões.

5 – Cooperação

Contrapondo a tendência individualista e competitiva da sociedade pós-moderna, as atividades coletivas em situações de ensino aprendizagem fortalecem a interação entre os pares, estimulando a colaboração e a participação ativa.

A associação entre os alunos para desenvolverem atividades de pesquisa, discussões de temas, construção de projetos de aprender através de empreendimentos é mais acentuada – Êxito que a intervenção isolada do professor muitas vezes não alcança.

6 – Autonomia

Dando ênfase a atividades que valorizem a atuação do aluno, levando em conta suas experiências pessoais, seus conhecimentos prévios e sua capacidade de tomar decisões e fazer escolhas, a autonomia é construída e promovido o crescimento do indivíduo bem como da coletividade.

Através da elaboração de projetos pessoais, desenvolve-se o pensamento autônomo, indispensável para o domínio das competências necessárias para o exercício da vida profissional e da inserção social.

A capacidade de pensar por si mesmos, sem serem conduzidos ou dirigidos por outros, e o autocontrole, ao invés do controle externo, são essenciais para o desenvolvimento intelectual e moral, objetivos primordiais da educação cristã.

7 – Interdisciplinaridade

A necessidade de um trabalho pedagógico integrado em que não haja compartimentalização de conhecimentos, com uma vidente hierarquização de conteúdos e disciplinas, é um fator insdispensável para que os discentes construam significados em sua aprendizagem.

A interdisciplinaridade é o modo de superar a fragmentação do ensino e exige uma interação entre os docentes, num esforço conjunto de integralizar as diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, os discentes são levados a compreender a articulação dos saberes.

8 – Integração entre o Saber X Saber Fazer X Ser

O ensino se torna eficaz na medida em que o docente é capaz de estabelecer a integração entre o conteúdo e os valores por ele definidos e vividos, tornando o aprender significativo e útil para a vida. Deve o docente falar daquilo que conhece, daquilo que sente e daquilo que vive.

A coerência entre o que crê e faz, o habilitará a ser uma influência como modelo no estilo de vida e competência profissional, conforme preconizado pela Filosofia Cristã de Educação.

Cada docente deve buscar sistematicamente, em seu campo de conhecimento, o ser e o fazer, e promover a integração da forma intencional, bem como estimular seus alunos o fazerem.